João

Bianca

Histórias de amor existem.

Dois corações inocentes, de cidades longínquas, se encontram em um mundo de novidades e, diante disso, se tornam amigos rapidamente para estar perto um do outro e se ajudar. Parece que estou contando uma história de conto de fadas, não é mesmo? Mas é apenas como ela, criada na Bahia, e eu, de Alagoas, fomos nos encontrar em Pernambuco e começar a nossa história.

Nossos sentimentos afloraram um pelo outro e, em 2016, iniciamos a nossa jornada. Passados três anos vivendo a beleza desse amor juntos (imaginando inclusive esse momento em que estamos agora), veio um grande desafio: enfrentar a distância entre Fortaleza e Recife, pois em 2019 o noivo (este que vos escreve) precisou fazer essa mudança para alcançar novos patamares em seus estudos; mal sabíamos que essa experiência seria de extrema importância para aprofundarmos o sentido do nosso relacionamento e o valor da presença.

Foram mais dois anos até que, no final de 2020, a tão sonhada aprovação no ITA veio, tempo de celebração, mas logo percebemos que a distância aumentaria, o que nos inseriu ainda mais na dinâmica de uma relação que resiste às mudanças, à distância e ao tempo. Dizem que "quando um não quer, dois não brigam", mas, melhor que isso, eu acrescento, quando dois se amam, nenhuma barreira é insuperável.

Finalmente, em 2024, a noiva pôde vir morar mais perto e conseguimos aproveitar esse tempo vivendo numa rotina "mais normal" de namorados, antes de nos tornarmos um só. Aprendemos com a distância, e com a proximidade, o verdadeiro valor e significado do que é amar: permanecer fiel, buscar dar mais do que receber, ter paciência com as diferenças, o valor do perdão e da sinceridade, fazer valer a confiança, uma competição saudável de quem faz o outro mais feliz, não como um fardo, mas como uma experiência maravilhosa de entrega ancorada na feliz esperança de que vale a pena.